terça-feira, 23 de março de 2010

*Gripe suína: tire todas as suas dúvidas sobre a vacinação contra essa doença*




Como vai ser a vacinação contra a gripe suína? O Ministério da Saúde definiu públicos que vão receber a vacina gratuitamente. Entre eles estão gestantes (que podem ser vacinadas em qualquer período da gravidez), crianças de 6 meses a 2 anos, doentes crônicos e pessoas de 20 a 39 anos. As crianças com doenças crônicas não precisam levar atestado. O ministério reconhece que não tem como controlar quem tem doença crônica ou não e pede, aos pais, que tenham bom senso e só levem as crianças doentes. Os adultos vão receber uma dose e, os menores, duas meia-doses. Basta levar a carteirinha até o posto de vacinação. A campanha para grávidas e crianças vai de 22 de março até 2 de abril. Veja as demais datas da campanha no nosso site: www.crescer.com.br
Devo dar a vacina contra a gripe comum ou posso dar só a da gripe suína? Os especialistas afirmam que o ideal é dar os dois tipos. Dar as duas no mesmo dia não atrapalha a resposta do sistema imunológico. Isso deve acontecer na rede privada – no posto, crianças e gestantes só vão receber a vacina da gripe suína. Em uma clínica particular, seu filho receberia duas doses conjugadas contra ambos os tipos de gripe, e as grávidas, uma. Ainda não se sabe o custo. A Organização Mundial da Saúde recomenda que na próxima campanha de vacinação no hemisfério norte, no fim do ano, a vacina seja conjugada. Se você vacinar no posto e der só a da gripe normal na particular, seu filho recebe quatro doses. As gestantes, duas. No ano passado, a dose contra a gripe comum custava cerca de R$ 60.
Meu filho tem mais de 2 anos. Preciso vaciná-lo? Se puder, sim. A Sociedade Brasileira de Pediatria diz que crianças de 6 meses até 5 anos são o grupo prioritário, e os médicos consultados pela CRESCER afirmam que as mais velhas devem receber também.
E se o bebê tiver menos de 6 meses? Os pais dos menores de 6 meses precisam se proteger, sim. Se tiverem entre 20 e 39 anos – um dos grupos beneficiados pela campanha do Ministério da Saúde –, recebem de graça. Se não, é preciso pagar na clínica particular.
Quem teve gripe suína no ano passado precisa tomar a nova vacina? Sim. Nem todas as pessoas tiveram confirmação da nova gripe com exames e não se sabe por quanto tempo elas ficariam protegidas nem se o vírus muda a cada ano. Todos devem ser vacinados. A proteção dura, em média, um ano.
Crianças ou grávidas doentes podem ser vacinadas? Sim, o único porém é para quem está com febre. Essa pessoa não deve tomar porque o médico pode não saber se a febre permanece por conta da doença que já existia ou se foi uma reação à vacina. Só deve ser vacinada depois da liberação do médico.
A vacina é segura? Provoca gripe suína? Ela foi feita nos mesmos moldes da vacina da gripe sazonal, testada e aprovada. Como o vírus da vacina contra o H1N1 está morto, não causa nenhuma doença. Essa dúvida é comum porque a época de vacinação é no outono e no inverno, quando acontece o pico das doenças respiratórias. É importante lembrar que a vacina não vai impedir que uma pessoa tenha gripe suína, mas, se tiver, os sintomas serão brandos e a recuperação, mais rápida.
Todos podem tomar? Quais são as reações mais comuns? Apenas as pessoas com alergia muito grave a ovo não podem receber a vacina. Tanto a da gripe comum como a suína podem ter efeitos colaterais parecidos, como dor local e febre nos primeiros dias. Diante de qualquer reação, fale com o médico.
Por que as crianças precisam receber duas doses? Essa é uma regra da vacina da gripe (comum ou suína) para os menores de 9 anos que nunca receberam uma picadinha contra o vírus influenza. Cada dose tem de ser dada com um intervalo de 21 dias para garantir que a criança fique protegida. Funciona assim: na primeira dose o organismo começa a produzir anticorpos contra o vírus. Na segunda, reforça a defesa.
Fontes: Alfredo Elias Gilio, infectologista, diretor da divisão clínica pediátrica do Hospital Universitário da USP (SP); Marcio Fernandes Nehab, pediatra e infectologista do Instituto Fenandes Figueira – Fiocruz; Ministério da Saúde; Ricardo Cunha, médico sanitarista do grupo Dasa; Sandra de Oliveira Campos, pediatra, professora da Unifesp (SP)

Fonte: Revista Crescer

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