quarta-feira, 24 de março de 2010

*Som alto demais prejudica a audição das crianças*


O ruído é a terceira causa de poluição no mundo, ficando atrás somente da poluição do ar e da água, e é uma das principais causas de problemas auditivos. Cuidar para que seus filhos não fiquem expostos a sons muito altos – seja por pouco ou muito tempo – é importante para garantir que eles tenham uma boa audição . 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, há cerca de 280 mil pessoas no mundo com problemas auditivos , e cerca de um quarto deles tem início na infância . A boa notícia é que eles podem ser evitados. Veja como: 
- Prefira andar com as janelas do carro fechadas em ruas e avenidas movimentadas; o vidro serve como barreira para a entrada do som muito alto
Nunca ultrapasse a metade do indicador de volume na televisão da sua casa; como a regulagem varia de um aparelho para outro, fica difícil estabelecer um volume padrão recomendável. Mas sempre regule o mais para baixo possível
O mesmo vale para aparelhos de som. Evite ouvir música muito alta dentro de casa ou do carro e, se seu filho já for grandinho, aconselhe-o a evitar o volume alto em players individuais, como o iPod. Esses aparelhinhos chegam a mais de 110 dB. Mesmo ouvir música alta sem os fones de ouvido é mais recomendável, ainda que danoso.
Para evitar desconfortos e um bebê irritado, prefira não ficar muito tempo em ambientes onde muitas pessoas estejam falando ao mesmo tempo.
Muito ruído também atrapalha na comunicação e no desenvolvimento de crianças pequenas, que estão aprendendo a falar, pois atrapalha na memorização de diferentes sons. Com a confusão de vozes, as crianças têm dificuldades para se fixar na voz de uma só pessoa e prestar atenção nas suas palavras, em como elas são ditas.
Quando o assunto são os sons que acontecem de repente e altos demais, o perigo de ter a audição danificada é ainda maior. Crianças não deveriam, por exemplo, assistir à queima de fogos de artifício. É que o impacto sonoro nessa situação é enorme (cerca de 140 dB) e inesperado, e pode comprometer as células que captam o som dentro dos ouvidos. Uma vez danificadas, elas não se regeneram e a audição fica prejudicada para o resto da vida.
Mesmo na escola o ruído está presente, e pode ser mais ou menos intenso dependendo das instalações. Em geral, ele vem de fora da sala de aula, mas pode atrapalhar do mesmo jeito. Por isso fique atento na hora de escolher onde seu filho vai estudar: dê atenção à localização das classes (melhor que não tenha janelas para a rua) e ao isolamento acústico que elas oferecem. O ruído não só incomoda e distrai como também interfere no rendimento escolar das crianças e em seu humor. Isso porque, como explica José Carlos Burlamaqui, otorrinolaringologista do hospital Santa Catarina (SP), “sons acima de 60 dB (como fica a altura do barulho numa sala de aula com crianças conversando) já podem causar desconforto, enxaqueca, náusea e indisposição quando a pessoa fica exposta por muito tempo”. Quando acima de 80dB, a criança pode até mesmo apresentar comportamentos mais agressivos. Esse volume de som é o que escutamos em lugares de tráfego constante de veículos. 

*dB= decibéis; unidade de medida para saber a intensidade do volume de um som 

Fonte: Revista Crescer
Escrito por Drielle Sá



terça-feira, 23 de março de 2010

*Gripe suína: tire todas as suas dúvidas sobre a vacinação contra essa doença*




Como vai ser a vacinação contra a gripe suína? O Ministério da Saúde definiu públicos que vão receber a vacina gratuitamente. Entre eles estão gestantes (que podem ser vacinadas em qualquer período da gravidez), crianças de 6 meses a 2 anos, doentes crônicos e pessoas de 20 a 39 anos. As crianças com doenças crônicas não precisam levar atestado. O ministério reconhece que não tem como controlar quem tem doença crônica ou não e pede, aos pais, que tenham bom senso e só levem as crianças doentes. Os adultos vão receber uma dose e, os menores, duas meia-doses. Basta levar a carteirinha até o posto de vacinação. A campanha para grávidas e crianças vai de 22 de março até 2 de abril. Veja as demais datas da campanha no nosso site: www.crescer.com.br
Devo dar a vacina contra a gripe comum ou posso dar só a da gripe suína? Os especialistas afirmam que o ideal é dar os dois tipos. Dar as duas no mesmo dia não atrapalha a resposta do sistema imunológico. Isso deve acontecer na rede privada – no posto, crianças e gestantes só vão receber a vacina da gripe suína. Em uma clínica particular, seu filho receberia duas doses conjugadas contra ambos os tipos de gripe, e as grávidas, uma. Ainda não se sabe o custo. A Organização Mundial da Saúde recomenda que na próxima campanha de vacinação no hemisfério norte, no fim do ano, a vacina seja conjugada. Se você vacinar no posto e der só a da gripe normal na particular, seu filho recebe quatro doses. As gestantes, duas. No ano passado, a dose contra a gripe comum custava cerca de R$ 60.
Meu filho tem mais de 2 anos. Preciso vaciná-lo? Se puder, sim. A Sociedade Brasileira de Pediatria diz que crianças de 6 meses até 5 anos são o grupo prioritário, e os médicos consultados pela CRESCER afirmam que as mais velhas devem receber também.
E se o bebê tiver menos de 6 meses? Os pais dos menores de 6 meses precisam se proteger, sim. Se tiverem entre 20 e 39 anos – um dos grupos beneficiados pela campanha do Ministério da Saúde –, recebem de graça. Se não, é preciso pagar na clínica particular.
Quem teve gripe suína no ano passado precisa tomar a nova vacina? Sim. Nem todas as pessoas tiveram confirmação da nova gripe com exames e não se sabe por quanto tempo elas ficariam protegidas nem se o vírus muda a cada ano. Todos devem ser vacinados. A proteção dura, em média, um ano.
Crianças ou grávidas doentes podem ser vacinadas? Sim, o único porém é para quem está com febre. Essa pessoa não deve tomar porque o médico pode não saber se a febre permanece por conta da doença que já existia ou se foi uma reação à vacina. Só deve ser vacinada depois da liberação do médico.
A vacina é segura? Provoca gripe suína? Ela foi feita nos mesmos moldes da vacina da gripe sazonal, testada e aprovada. Como o vírus da vacina contra o H1N1 está morto, não causa nenhuma doença. Essa dúvida é comum porque a época de vacinação é no outono e no inverno, quando acontece o pico das doenças respiratórias. É importante lembrar que a vacina não vai impedir que uma pessoa tenha gripe suína, mas, se tiver, os sintomas serão brandos e a recuperação, mais rápida.
Todos podem tomar? Quais são as reações mais comuns? Apenas as pessoas com alergia muito grave a ovo não podem receber a vacina. Tanto a da gripe comum como a suína podem ter efeitos colaterais parecidos, como dor local e febre nos primeiros dias. Diante de qualquer reação, fale com o médico.
Por que as crianças precisam receber duas doses? Essa é uma regra da vacina da gripe (comum ou suína) para os menores de 9 anos que nunca receberam uma picadinha contra o vírus influenza. Cada dose tem de ser dada com um intervalo de 21 dias para garantir que a criança fique protegida. Funciona assim: na primeira dose o organismo começa a produzir anticorpos contra o vírus. Na segunda, reforça a defesa.
Fontes: Alfredo Elias Gilio, infectologista, diretor da divisão clínica pediátrica do Hospital Universitário da USP (SP); Marcio Fernandes Nehab, pediatra e infectologista do Instituto Fenandes Figueira – Fiocruz; Ministério da Saúde; Ricardo Cunha, médico sanitarista do grupo Dasa; Sandra de Oliveira Campos, pediatra, professora da Unifesp (SP)

Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 22 de março de 2010

* Cuidado ao falar *





"Os ouvidos não têm pálpebras, por isso não podemos nos proteger dos barulhos que não queremos ouvir." Essa frase, dita por uma professora de música em uma reunião de pais, me fez pensar muito na vida das crianças na atualidade.

Você já observou uma delas assistindo a um filme? Quando surge uma cena que ela não quer ver, fecha os olhos. Até adultos fazem isso. As pálpebras são uma espécie de proteção do sentido da visão: acionadas intencionalmente, nos protegem de visões que nos causam asco, medo ou repulsa, por exemplo. Desde cedo, a criança aprende a usar esse recurso.

Já do que se fala em seu entorno as crianças não podem se proteger. Hoje, os adultos não têm tomado muito cuidado quando conversam entre si perto de crianças e isso acontece por vários motivos. Um dos principais é que a presença da criança no mundo adulto foi quase naturalizada. De modo geral, não consideramos mais nocivo que ela participe de acontecimentos próprios da vida adulta. Para não sonegar informações que ela solicita ou que acreditamos que ela deva ter lhe dizemos quase tudo.

O segundo motivo é que nós, adultos, estamos muito centrados em nossas próprias vidas.Quando queremos desabafar, tecer comentários diversos, contar segredos, tecer julgamentos de pessoas próximas ou com as quais mantemos relações impessoais, fazemos isso sem antes observar se há crianças por perto que estariam expostas ao que dizemos.

E, além de a criança absorver tudo sem ter maturidade suficiente para dar um sentido apropriado ao que ouve, ela fica sempre pronta a expressar o que ouviu, a qualquer hora e na frente de qualquer um, já que não é capaz de guardar segredos -o que coloca seus pais em situações constrangedoras.

Uma mãe me contou que, ao entrar no elevador com a filha de cinco anos, encontrou-se com uma vizinha. De pronto, a menina disse em alto e bom som: "Mãe, é dessa mulher que você não gosta?" Nem é preciso dizer o clima que se instalou entre as duas, que convivem no mesmo prédio.

Em uma escola de educação infantil, a professora acabara de contar uma história que falava em pesadelos e sonhos. Uma criança disse que a mãe sempre tinha pesadelos porque gemia à noite e, na sequência, outras crianças comentaram o mesmo a respeito dos pais.

Nossa preocupação deve ser com o que a criança ouve e passa a fazer parte de sua formação ou deformação, em alguns casos moral, tanto quanto com aquilo a que ela dá um sentido que interfere radicalmente em sua vida psíquica e emocional. Um garoto de nove anos entrou em estado de apatia porque ouviu seus pais tratarem de sua transferência de escola. A mãe disse que talvez fosse melhor uma escola mais fácil porque ele não era tão inteligente quanto o irmão mais velho.

Já que não conseguimos controlar tudo o que a criança ouve, podemos ao menos poupá-la dos ruídos indesejáveis a ela. Para tanto, precisamos ser mais cuidadosos na presença dos mais novos.



(Texto retirado do Blog da Rosely Sayão)

quarta-feira, 17 de março de 2010

* Aedes Aegypti *

Dica para ajudar a combater formigas e mosquitos, incluindo o Aedes Aegypti veja como é fácil:



Repelente de mosquitos
O cravo-da-Índia, espalhado por superfícies, é muito utilizado para afastar formigas.
Contra mosquitos era novidade, até que experimentei e fiquei admirado com os resultados.
Faça como na foto. Enterre alguns cravos em meio limão. Faça isso com 3 ou 4 limões e espalhe pela Casa.
Mais uma arma para afastar os mosquitos e se prevenir contra a dengue. 


*Texto retirado do Informativo Arteiro da Escola Fazendo Arte...

segunda-feira, 8 de março de 2010

* FILHO OU ALUNO *

Temos dado importância exagerada à vida escolar das crianças. Os pais sofrem muita pressão para acompanhar "pari passu" o aprendizado dos filhos: as tarefas de casa, as notas que vêm no boletim e as reuniões com o pessoal da escola para avaliar o desenvolvimento dos filhos e o que eles chamam de dificuldades de aprendizagem. Temos, inclusive, campanhas com depoimentos de artistas famosos para incentivar os pais a ocuparem esses papéis estreitamente ligados aos estudos dos filhos.

Quando as avaliações do filho não são as esperadas, os pais se sentem na obrigação de procurar, por iniciativa própria ou por recomendação da escola, professores particulares, psicopedagogos ou especialistas diversos para checar algum eventual problema que atrapalhe o aprendizado ou explique o baixo aproveitamento.

Essa situação tem criado outra que considero bem delicada: cada vez mais as crianças ocupam o lugar de aluno dentro da família e, consequentemente, o lugar de filho tem se esvaziado. E esse papel é muito mais importante do que o de estudante para a formação das crianças.

É como filho, por exemplo, que a criança aprende o penoso processo da convivência, chamado de socialização. Sim, é difícil para a criança aprender a conter suas reações, inclusive corporais, que manifestam desagrado, frustração ou mesmo sofrimento ao perceber que ela não é o centro do universo, que existem outras pessoas ao seu redor que merecem respeito. E isso, caro leitor, se aprende em casa, sem ligação nenhuma com os estudos, e exige trabalho árduo da parte dos pais.

É também como filho que a criança aprende o princípio da obediência, como já disse. Isso significa aprender a distinguir situações e principalmente pessoas a quem precisa, necessariamente, atender. É também a educação familiar que ensina a criança a proteger os que são menores ou mais frágeis que ela.

É com os pais que os filhos devem aprender o que é certo e o que é errado na comunidade em que vivem, a compartilhar suas coisas com os outros, a respeitar regras e princípios do grupo. É responsabilidade dos pais a formação da consciência social e moral dos filhos.

Como o destino das crianças é o de crescer, os pais precisam, amorosamente, colocar aos filhos a imperiosa necessidade de restringir suas vontades, adiar prazeres e satisfações imediatas em função de objetivos importantes para o crescimento. Cabe aos pais a tarefa de introduzir aos filhos a realidade da vida.

Tudo isso já é trabalho árduo e exige dos pais um relacionamento com os filhos baseado na autoridade e na afetividade e, para tanto, é preciso muita disponibilidade. Ao acrescentarmos a responsabilidade com a vida escolar das crianças, oneramos em demasia a função deles. E isso gera déficits nas suas responsabilidades originais e mais importantes.

Por isso, um de meus votos para o próximo ano é o de que as crianças ocupem, no interior da família, o lugar de filhos, e não de estudantes. Os professores, certamente, dão conta do papel do aluno.


ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora “Como Educar Meu Filho?” (ed. Publifolha) rosely@folhasp.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Música Dança dos Movimentos - Bia Bedran



Bia Bedran

terça-feira, 2 de março de 2010

* Presentinho *


Presentinho da Vanessa G. Vieira do blog Educar para Transformar!!!


Obrigada!!! Adorei!

O Brincar no Currículo da Educação Infantil






O currículo da escola de educação infantil tradicional baseado no brincar foi criado por tentativa e erro, como uma peça de artesanato. Já está na hora de desenvolvê-lo, como na medicina, que avançou por meio de pesquisa científica e teoria

A maioria dos educadores de crianças concorda que elas aprendem melhor por meio do brincar. Alguns exemplos de atividades lúdicas que podemos encontrar em suas salas de aula são construção com blocos, jogo simbólico, pintura, brincadeiras com areia e água e quebra-cabeças. Embora os educadores acreditem na importância do brincar para a aprendizagem, quando são chamados a justificar seu valor educacional, acabam referindo-se a aspectos acadêmicos. Construir com blocos, por exemplo, pode ser importante nas áreas de ciências (na busca do equilíbrio), geometria e representação (na montagem de um posto de gasolina).

A teoria de Piaget sugere, porém, que o pensamento da criança na faixa de 3 a 6 anos ainda não diferencia assuntos acadêmicos. Por essa razão, vemos elementos de diferentes áreas no brincar da criança, conforme mencionei em relação à construção com blocos. No jogo simbólico, da mesma forma, podemos observar elementos das ciências sociais (como o exercício de papéis sociais: pai, mãe e vendedor de loja) e de aritmética (ao brincarem de dar dinheiro e receber o troco, por exemplo).

Os três tipos de conhecimento

Piaget fez uma diferenciação entre três tipos de conhecimento, de acordo com a sua fonte principal. São eles o conhecimento físico, o conhecimento social-convencional e o conhecimento lógico-matemático. Conhecimento físico é o conhecimento que provém dos objetos do mundo exterior. O que sabemos sobre a forma, a cor e o peso de um bloco de madeira são exemplos de conhecimento físico. O fato de os blocos caírem, caso não estejam em equilíbrio, também é um exemplo desse tipo de conhecimento. Esses "pedaços" de conhecimento podem ser obtidos pela observação.

Exemplos de conhecimento social-convencional são as línguas, como o português e o inglês. Nosso conhecimento sobre lojas, dinheiro e feriados também fazem parte desse segundo tipo. A fonte principal do conhecimento social são as convenções feitas pelas pessoas, assim como a fonte básica do conhecimento físico provém dos objetos. Isso significa que a melhor fonte de conhecimento físico para crianças pequenas são os objetos e do conhecimento social são as pessoas.

O conhecimento lógico-matemático é bem diferente, na medida em que sua fonte principal é a mente de cada indivíduo. Se nos apresentarem um bloco cilíndrico e outro retangular, por exemplo, podemos dizer que os dois são "diferentes". Nessa situação, a diferença entre ambos não existe no mundo externo. Ela não é observável, e sim criada por cada indivíduo, que pensa nos dois blocos como sendo diferentes. A prova disso é que o mesmo indivíduo pode pensar neles como sendo "semelhantes". Assim, é tanto verdade dizer que os dois objetos são diferentes quanto dizer que eles são semelhantes. O indivíduo pode pensar ainda nos blocos numericamente, concluindo que eles são "dois". Cada bloco é observável (conhecimento físico), mas o número "dois" não o é. "Dois", "diferente" e "semelhante" são relações mentais criadas por cada indivíduo através de seu raciocínio.

O leitor deve ter notado que a teoria de Piaget a respeito do conhecimento lógico-matemático difere muito da suposição empirista na qual a educação tradicional tem-se baseado. Segundo o empirismo, todo conhecimento tem origem externa e é adquirido pelo sujeito através de um processo de interiorização por meio dos cinco sentidos. Contudo, os exemplos de relações lógico-matemáticas apresentados são de natureza classificatória (diferente e semelhante) e numérica (dois). Um terceiro tipo de relação, o qual pode ser visto na Tabela 1, estabelecido entre relações lógico-aritméticas, é a seriação. Ela se refere à ordenação mental de objetos de acordo com as suas diferenças. Pensar sobre o maior bloco, o segundo maior bloco e o terceiro maior bloco é um exemplo de seriação.
Classificação, seriação e quantificação são relações entre objetos discretos, por isso aparecem na Tabela 1 como "relações lógico-aritméticas". Já as relações espaciais e temporais são de outra natureza, uma vez que não são discretas. A distância entre São Paulo e Nova York, por exemplo, é contínua. Similarmente, o tempo decorrido entre a Idade Média e a atualidade também o é. Eventos e objetos existem no tempo e no espaço. Piaget referiu-se a esse quadro como estrutura espaço-temporal.

O conhecimento lógico-matemático encontra-se no cerne da teoria de Piaget, pois serve como base e estrutura de todo conhecimento, formando sistemas independentes à medida que a criança constrói operações concretas. Para termos o conhecimento físico de que um bloco de madeira é muito pesado, por exemplo, precisamos de uma estrutura classificatória que nos permita pensar em "coisas que são muito pesadas" e "coisas que não são muito pesadas". Para termos o conhecimento social de que aos domingos não há aula, temos de pensar nos "domingos" em oposição a "todos os outros dias da semana". Quando as crianças adquirem o pensamento operatório concreto, elas constroem um sistema de classificação, um sistema de seriação, um sistema de quantificação, um sistema funcional de espaço e um sistema funcional de tempo.



Constance Kamii






Revista Pátio

Ano VI - Nº 21 - Existe uma pedagogia da infância? - Novembro



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