quarta-feira, 17 de março de 2010

* Aedes Aegypti *

Dica para ajudar a combater formigas e mosquitos, incluindo o Aedes Aegypti veja como é fácil:



Repelente de mosquitos
O cravo-da-Índia, espalhado por superfícies, é muito utilizado para afastar formigas.
Contra mosquitos era novidade, até que experimentei e fiquei admirado com os resultados.
Faça como na foto. Enterre alguns cravos em meio limão. Faça isso com 3 ou 4 limões e espalhe pela Casa.
Mais uma arma para afastar os mosquitos e se prevenir contra a dengue. 


*Texto retirado do Informativo Arteiro da Escola Fazendo Arte...

segunda-feira, 8 de março de 2010

* FILHO OU ALUNO *

Temos dado importância exagerada à vida escolar das crianças. Os pais sofrem muita pressão para acompanhar "pari passu" o aprendizado dos filhos: as tarefas de casa, as notas que vêm no boletim e as reuniões com o pessoal da escola para avaliar o desenvolvimento dos filhos e o que eles chamam de dificuldades de aprendizagem. Temos, inclusive, campanhas com depoimentos de artistas famosos para incentivar os pais a ocuparem esses papéis estreitamente ligados aos estudos dos filhos.

Quando as avaliações do filho não são as esperadas, os pais se sentem na obrigação de procurar, por iniciativa própria ou por recomendação da escola, professores particulares, psicopedagogos ou especialistas diversos para checar algum eventual problema que atrapalhe o aprendizado ou explique o baixo aproveitamento.

Essa situação tem criado outra que considero bem delicada: cada vez mais as crianças ocupam o lugar de aluno dentro da família e, consequentemente, o lugar de filho tem se esvaziado. E esse papel é muito mais importante do que o de estudante para a formação das crianças.

É como filho, por exemplo, que a criança aprende o penoso processo da convivência, chamado de socialização. Sim, é difícil para a criança aprender a conter suas reações, inclusive corporais, que manifestam desagrado, frustração ou mesmo sofrimento ao perceber que ela não é o centro do universo, que existem outras pessoas ao seu redor que merecem respeito. E isso, caro leitor, se aprende em casa, sem ligação nenhuma com os estudos, e exige trabalho árduo da parte dos pais.

É também como filho que a criança aprende o princípio da obediência, como já disse. Isso significa aprender a distinguir situações e principalmente pessoas a quem precisa, necessariamente, atender. É também a educação familiar que ensina a criança a proteger os que são menores ou mais frágeis que ela.

É com os pais que os filhos devem aprender o que é certo e o que é errado na comunidade em que vivem, a compartilhar suas coisas com os outros, a respeitar regras e princípios do grupo. É responsabilidade dos pais a formação da consciência social e moral dos filhos.

Como o destino das crianças é o de crescer, os pais precisam, amorosamente, colocar aos filhos a imperiosa necessidade de restringir suas vontades, adiar prazeres e satisfações imediatas em função de objetivos importantes para o crescimento. Cabe aos pais a tarefa de introduzir aos filhos a realidade da vida.

Tudo isso já é trabalho árduo e exige dos pais um relacionamento com os filhos baseado na autoridade e na afetividade e, para tanto, é preciso muita disponibilidade. Ao acrescentarmos a responsabilidade com a vida escolar das crianças, oneramos em demasia a função deles. E isso gera déficits nas suas responsabilidades originais e mais importantes.

Por isso, um de meus votos para o próximo ano é o de que as crianças ocupem, no interior da família, o lugar de filhos, e não de estudantes. Os professores, certamente, dão conta do papel do aluno.


ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora “Como Educar Meu Filho?” (ed. Publifolha) rosely@folhasp.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Música Dança dos Movimentos - Bia Bedran



Bia Bedran

terça-feira, 2 de março de 2010

* Presentinho *


Presentinho da Vanessa G. Vieira do blog Educar para Transformar!!!


Obrigada!!! Adorei!

O Brincar no Currículo da Educação Infantil






O currículo da escola de educação infantil tradicional baseado no brincar foi criado por tentativa e erro, como uma peça de artesanato. Já está na hora de desenvolvê-lo, como na medicina, que avançou por meio de pesquisa científica e teoria

A maioria dos educadores de crianças concorda que elas aprendem melhor por meio do brincar. Alguns exemplos de atividades lúdicas que podemos encontrar em suas salas de aula são construção com blocos, jogo simbólico, pintura, brincadeiras com areia e água e quebra-cabeças. Embora os educadores acreditem na importância do brincar para a aprendizagem, quando são chamados a justificar seu valor educacional, acabam referindo-se a aspectos acadêmicos. Construir com blocos, por exemplo, pode ser importante nas áreas de ciências (na busca do equilíbrio), geometria e representação (na montagem de um posto de gasolina).

A teoria de Piaget sugere, porém, que o pensamento da criança na faixa de 3 a 6 anos ainda não diferencia assuntos acadêmicos. Por essa razão, vemos elementos de diferentes áreas no brincar da criança, conforme mencionei em relação à construção com blocos. No jogo simbólico, da mesma forma, podemos observar elementos das ciências sociais (como o exercício de papéis sociais: pai, mãe e vendedor de loja) e de aritmética (ao brincarem de dar dinheiro e receber o troco, por exemplo).

Os três tipos de conhecimento

Piaget fez uma diferenciação entre três tipos de conhecimento, de acordo com a sua fonte principal. São eles o conhecimento físico, o conhecimento social-convencional e o conhecimento lógico-matemático. Conhecimento físico é o conhecimento que provém dos objetos do mundo exterior. O que sabemos sobre a forma, a cor e o peso de um bloco de madeira são exemplos de conhecimento físico. O fato de os blocos caírem, caso não estejam em equilíbrio, também é um exemplo desse tipo de conhecimento. Esses "pedaços" de conhecimento podem ser obtidos pela observação.

Exemplos de conhecimento social-convencional são as línguas, como o português e o inglês. Nosso conhecimento sobre lojas, dinheiro e feriados também fazem parte desse segundo tipo. A fonte principal do conhecimento social são as convenções feitas pelas pessoas, assim como a fonte básica do conhecimento físico provém dos objetos. Isso significa que a melhor fonte de conhecimento físico para crianças pequenas são os objetos e do conhecimento social são as pessoas.

O conhecimento lógico-matemático é bem diferente, na medida em que sua fonte principal é a mente de cada indivíduo. Se nos apresentarem um bloco cilíndrico e outro retangular, por exemplo, podemos dizer que os dois são "diferentes". Nessa situação, a diferença entre ambos não existe no mundo externo. Ela não é observável, e sim criada por cada indivíduo, que pensa nos dois blocos como sendo diferentes. A prova disso é que o mesmo indivíduo pode pensar neles como sendo "semelhantes". Assim, é tanto verdade dizer que os dois objetos são diferentes quanto dizer que eles são semelhantes. O indivíduo pode pensar ainda nos blocos numericamente, concluindo que eles são "dois". Cada bloco é observável (conhecimento físico), mas o número "dois" não o é. "Dois", "diferente" e "semelhante" são relações mentais criadas por cada indivíduo através de seu raciocínio.

O leitor deve ter notado que a teoria de Piaget a respeito do conhecimento lógico-matemático difere muito da suposição empirista na qual a educação tradicional tem-se baseado. Segundo o empirismo, todo conhecimento tem origem externa e é adquirido pelo sujeito através de um processo de interiorização por meio dos cinco sentidos. Contudo, os exemplos de relações lógico-matemáticas apresentados são de natureza classificatória (diferente e semelhante) e numérica (dois). Um terceiro tipo de relação, o qual pode ser visto na Tabela 1, estabelecido entre relações lógico-aritméticas, é a seriação. Ela se refere à ordenação mental de objetos de acordo com as suas diferenças. Pensar sobre o maior bloco, o segundo maior bloco e o terceiro maior bloco é um exemplo de seriação.
Classificação, seriação e quantificação são relações entre objetos discretos, por isso aparecem na Tabela 1 como "relações lógico-aritméticas". Já as relações espaciais e temporais são de outra natureza, uma vez que não são discretas. A distância entre São Paulo e Nova York, por exemplo, é contínua. Similarmente, o tempo decorrido entre a Idade Média e a atualidade também o é. Eventos e objetos existem no tempo e no espaço. Piaget referiu-se a esse quadro como estrutura espaço-temporal.

O conhecimento lógico-matemático encontra-se no cerne da teoria de Piaget, pois serve como base e estrutura de todo conhecimento, formando sistemas independentes à medida que a criança constrói operações concretas. Para termos o conhecimento físico de que um bloco de madeira é muito pesado, por exemplo, precisamos de uma estrutura classificatória que nos permita pensar em "coisas que são muito pesadas" e "coisas que não são muito pesadas". Para termos o conhecimento social de que aos domingos não há aula, temos de pensar nos "domingos" em oposição a "todos os outros dias da semana". Quando as crianças adquirem o pensamento operatório concreto, elas constroem um sistema de classificação, um sistema de seriação, um sistema de quantificação, um sistema funcional de espaço e um sistema funcional de tempo.



Constance Kamii






Revista Pátio

Ano VI - Nº 21 - Existe uma pedagogia da infância? - Novembro



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